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Reeducandos recebem menções honrosas na Olimpíada Brasileira de Matemática

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Divulgação: SAP

Custodiados de 10 estabelecimentos penais da região do Vale do Paraíba participaram da 16ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). As unidades prisionais inscreveram um total de 1.339 presos no torneio e 4 deles foram agraciados com menções honrosas na competição nacional.

A Penitenciária 1 “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra” de Tremembé celebra a conquista de 3 menções honrosas na olimpíada enquanto a Penitenciária 1 “AEVP Jair Guimarães de Lima” de Potim soma mais uma menção aos destaques regionais na prova.

A Obmep premia com medalhas de ouro, prata, bronze e menção honrosa os participantes com melhor desempenho na disputa. O certificado de menção honrosa é considerado uma distinção concedida aos competidores, não sendo equivalente aos prêmios principais, mas leva em conta o mérito digno de reconhecimento.

A Pasta inscreveu 13.698 detentos na maior competição científica do país, que passou por mudanças em razão da pandemia de Covid-19. A edição, que seria realizada em 2020, foi transferida para o ano passado. Os exames foram aplicados em salas de aulas instaladas nos presídios, respeitando todos os protocolos de prevenção do novo coronavírus.

Participam da 16ª Obmep as seguintes unidades prisionais: 

– Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba

– CDP de Taubaté

– Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Tremembé

– Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos

– Penitenciárias 1 e 2 de Potim

– Penitenciárias Femininas 1 e 2 de Tremembé

– Penitenciárias 1 e 2 de Tremembé

HISTÓRICO

Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática – realizada pelo Instituto Nacional de Matéria Pura e Aplicada (IMPA).

Ainda não há uma data definida para a premiação, que contará com a entrega de 575 medalhas de ouro, 1.725 de prata e 5.175 de bronze, além de 51.900 menções honrosas. A SAP, inclusive, tem histórico positivo no torneio.

Na edição de 2017, um presidiário colombiano, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, Interior de São Paulo, faturou a medalha de ouro. Ele foi o primeiro preso na história da Obmep a levar o prêmio máximo na competição.

MEDALHA DE BRONZE 

O cinegrafista Sheston Lescano de Oliveira Cardoso, 47 anos, cumpria pena no Centro de Ressocialização (CR) “Dr. João Eduardo Franco Perlati” de Jaú quando faturou medalha de bronze na 16ª edição da Obmep. “Fiquei surpreso e muito feliz”, comemorou Cardoso, que ganhou a liberdade há cerca de 15 dias. O torneio rendeu outros frutos para a Secretaria da Administração Penitenciária: 62 reeducandos, em todo estado, receberam menções honrosas.

O medalhista, inclusive, celebra a oportunidade de ter concluído o Ensino Fundamental dentro do sistema prisional e enaltece as atividades educacionais oferecidas na unidade.

“Além do estudo formal, participei do concurso de redação organizado pela escola vinculadora e também fui premiado”, lembra Cardoso, que se diz bom em matemática, mas espera trilhar novos desafios agora que está de volta ao convívio social.

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