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Crítica: Mad Max Estrada da Fúria

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Mad Max Fury Road – Estrada da Fúria

Por Felipe Fasanella

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Após quase 30 anos afastado da franquia Mad Max (Mad Max Beyond the Thunderdome é de 1985), ocupado com diversos outros projetos, inclusive filmes infantis, como Babe e Happy Feet, o diretor e roteirista George Miller faz seu retorno triunfal ao estilo que o tornou famoso.

O filme acompanha a história de Max Rockatansky, vivido por Tom Hardy (O Cavaleiro das Trevas Ressurge), em um mundo sombrio e deserto, exterminado por um holocausto nuclear. Ao seu lado na trama está a Imperatriz Furiosa, interpretada pela sempre excelente Charlize Theron (ganhadora do Oscar de 2003, pelo filme Monster).

A história se desdobra após Max ser capturado por um grupo conhecido como War Boys e levado a Cidadela, onde após uma breve introdução, Max e Furiosa se encontram fugindo em um caminhão de gasolina, transportando também as esposas do líder da Cidadela, conhecido como Immortan Joe. Furiosa procura redenção e o retorno ao local onde nasceu, enquanto Max procura apenas a sobrevivência.

O roteiro, porém, não é o ponto alto do filme, apesar de se encaixar muito bem no mundo insano criado por George Miller. O que diferencia Mad Max Estrada da Fúria de praticamente tudo o que vemos no cinema é a ação e a forma brilhante com que é executada. O filme transcorre como uma enorme cena de perseguição, remetendo muito a faroestes, tanto em estilo como em sua temática de redenção em um mundo perdido. O visual é simplesmente perfeito, desde os designs absurdos e grotescos dos carros e personagens, até a total ausência de qualquer coisa que nos remeta ao mundo “real”, exceto talvez uma pequena torre de energia presente em uma breve cena.

As atuações, como já era esperado, são excelentes. Muitos questionaram a decisão de substituir Mel Gibson, que viveu Max nos três primeiros filmes da série, porém creio que Tom Hardy conseguiu substituí-lo de forma eficiente, talvez sem o mesmo carisma e magnetismo do ator original, porém trazendo outras qualidades e uma nova visão do personagem. Furiosa por sua vez, rouba a cena e se mostra a personagem mais empolgante da trama.

Um grande diferencial do filme é o uso quase exclusivo de efeitos práticos e o volume reduzido de efeitos especiais. Isso traz uma camada extra de realidade a história e principalmente transforma a ação em uma das melhores já vistas. Em uma época dominada por super heróis, robôs gigantes, dinossauros e outros monstros, que tem como ponto em comum o uso extenso de efeitos especiais, é extremamente satisfatório ver um filme que utiliza ferramentas práticas para demonstrar a visão de seu criador. Mad Max Estrada da Fúria é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes de ação de todos os tempos, e um dos grandes lançamentos dos últimos anos.

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