Início Brasil e Mundo Veja o que muda no calendário de vacinação em 2017

Veja o que muda no calendário de vacinação em 2017

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Imagem meramente ilustrativa
Você sabia que houve mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde?  Foram alteradas as recomendações para Hepatite A, dTpa Adulto, Tríplice e Tetra Viral, além das vacinas divulgadas no final do ano passado: HPV e Meningocócica C.
Veja a seguir as novas recomendações para vacinas:
Hepatite A
Como era antes: Uma única dose da vacina ofertada para crianças com até dois anos.
Como é agora: É recomendado a criança receber uma dose aos 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos.
Varicela
Como era antes: Uma dose entre 15 meses e dois anos de idade incompletos.
Como é agora: Uma dose entre 15 meses de idade. Para aquelas que perderam a oportunidade de se vacinar, terão a chance de receber essa vacina até os cinco anos incompletos. É importante reforçar que a vacina tetra viral só pode ser tomada por crianças que comprovam ter recebido a primeira dose de tríplice viral.
Esquema vacinal:
1ª dose de tríplice viral;
2ª dose tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) ou tríplice viral ((sarampo, rubéola, caxumba) + varicela
HPV
Como era antes: Vacina era ofertada apenas para meninas entre 9 a 13 anos, e mulheres com HIV entre 9 e 26 anos.
Como é agora: Além das meninas e mulheres, a vacina também passa a ser ofertada para meninos entre 12 e 13 anos, homens vivendo com HIV entre os 9 e 26 anos de idade, e imunodeprimidos (transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos)  e meninas até 14 anos. Até 2020, idade de vacinação será ampliada progressivamente até englobar crianças e adolescentes entre os 9 e 13 anos.
Meningocócica C
Como era antes: Duas doses da vacina eram administradas para crianças entre três e cinco meses, com um reforço para crianças entre os 15 meses e dois anos incompletos.
Como é agora: Duas doses da vacina serão administradas para crianças entre três e cinco meses, com um reforço para crianças até cinco anos incompletos. Também há mais uma dose para adolescentes entre 12 e 13 anos de idade. Até 2020, a idade será ampliada progressivamente até englobar crianças e adolescentes entre os 9 e 13 anos.
Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Como era antes: Adultos recebiam a segunda dose até os 19 anos, ou uma dose única entre 20 e 49 anos de idade.
Como é agora: A segunda dose passa a valer até os 29 anos de idade, e a dose única da vacina fica disponível para adultos entre 30 e 49 anos.
dTpa Adulto (acelular)
Como era antes: A vacina que protege contra a difteria, tétano e coqueluche era recomendada para gestantes a partir da 27ª até a 36ª semana de gestação.
Como é agora: A vacina pode ser tomada a partir da 20ª semana de gestação. É importante lembrar que tomando a vacina durante a gravidez, a mãe transfere os anticorpos para o feto, evitando que ele contraia a coqueluche. As mulheres que perderam a oportunidade de receber a vacina durante a gravidez podem recebê-la durante o puerpério (até 45 dias após o parto).
RESULTADOS – Com essas mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, a expectativa é aumentar a vacinação na infância, protegendo mais contra doenças, além de aumentar a imunidade dos adolescentes e reduzir a ocorrência das doenças imunopreveníveis;
Já na alteração para os adultos, os objetivos são: contribuir para a redução da incidência da caxumba em adultos jovens, bem como manter eliminada a rubéola e o sarampo no país; aumentar a oportunidade de vacinação durante a gestação e proporcionar proteção para os bebês contra a coqueluche por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto. A vacinação no puerpério visa o resgate das mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a gravidez. No entanto, a vacinação no puerpério só deve ser feita em última instância, pois não haverá transferência de anticorpos para a criança, diminuindo assim a proteção para o bebê.
Por: Aline Czezacki, para o Blog da Saúde. Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Guará