Nenhum setor está imune à crise e o mercado de trabalho, que já dava sinais de perda de dinamismo desde o fim de 2014, “intensificou a trajetória de arrefecimento”, segundo análise recente do ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Aumento do desemprego e desaceleração dos rendimentos reais marcam este caminho.
No entanto, algumas áreas e carreiras estão sofrendo menos os efeitos da retração da economia. Tecnologia, mercado financeiro, farmacêutico e o agronegócio são os segmentos menos afetados pela crise atual.
Em relação às atividades profissionais, posições ligadas à redução de custos, ganho de qualidade e eficiência em estruturas, processos e procedimentos são mais valorizadas em cenários menos positivos para a economia.
Confira algumas profissões e carreiras que seguem em alta e, até agora, têm se mostrado (quase) à prova de mau tempo na economia:
Gerente de controladoria
O que faz? É ele quem traz os indicadores de eficiência financeira e sua atividade norteia a redução de custos e ganho de escala nas operações.
Por que sobrevive à crise? O ganho de escala, redução de custos e melhoria na produtividade dita sua valorização num momento em que as coisas não vão bem para a economia.
Profissional de auditoria e controles internos
O que faz? Identifica os riscos do negócio e propõe alternativas para minimizá-los. Além disso, dá suporte à governança corporativa da empresa e promove a adaptação às normas internas e às regulamentações existentes.
Por que sobrevive à crise? Obter eficiência nos processos internos faz com que a empresa maximize a relação entre custo e benefício de seu funcionamento.
Gerente de tesouraria
O que faz? Gerencia as operações financeiras.
Por que sobrevive à crise? Tem crescido o número de demandas por profissionais de tesouraria com experiência em reestruturação de dívida (alongamento), bom relacionamento bancário e capacidade de estruturar operações financeiras de captação alternativas e menos custosas.
Profissional de vendas e novos negócios
O que faz? Expõe a empresa e seus produtos ao mercado e gera receita com o fechamento de novos negócios, já que faz a prospecção de novos clientes.
Por que sobrevive à crise? Num momento de crise, um bom “vendedor” consegue alavancar os negócios da empresa a ponto de mantê-la viva mesmo num cenário instável.
Profissional de saúde preventiva e terapêutica
O que fazem? São responsáveis pela promoção da saúde humana em suas diversas especialidades.
Por que sobrevivem à crise? Enquanto cada vez mais pessoas adoecem e demandam cuidados especiais, faltam médicos
Gerente de qualidade/SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente)
O que faz? Planeja, executa e delega ações para cumprir exigências ambientais, prevenir acidentes e garantir a saúde dos funcionários de uma empresa.
Por que sobrevive à crise? A preocupação das empresas com a área de SSMA aumentou consideravelmente nos últimos anos. A valorização do profissional da área também tem a ver com a sua escassez de profissionais qualificados.
Consultor de projetos em logística
O que faz? É responsável pela melhoria do fluxo em várias etapas da cadeia produtiva de uma empresa. Também pode implantar sistemas de informação.
Por que sobrevive à crise? Por isso, novos projetos para a entrega de mercadorias precisam ser redesenhados constantemente, para aumentar a produtividade e evitar prejuízos – ainda mais em tempos de instabilidade econômica.
Profissional de RH com foco em folha de pagamento (para multinacionais)
O que faz? Atua na área de remuneração dentro do departamento de recursos humanos, gerenciando a folha de pagamentos da empresa.
Por que sobrevive à crise? Muitas empresas transferem este serviço a terceiros, mas há aquelas que preferem manter a estrutura de folha de pagamento interna por conta da confidencialidade dos valores de salário.
Desenvolvedor de sofware
O que faz? Desenvolve aplicativos e programas com o objetivo de trazer mais eficiência em processos e procedimentos da empresa. Tecnologias como Dot.Net, PL-SQL e Java são as especialidades mais procuradas.
Por que sobrevive à crise? Mesmo com a indústria retraída, há setores mais “saudáveis” no momento que compensam o fraco desempenho industrial. “Construção, farmacêutico e tecnologia são setores que estão bem e contratando, o que equilibra a balança do mercado de TI.
Fonte: Revista Exame
