Ver vários gatos deitados ou passeando entre túmulos chama atenção de qualquer pessoa. Porém, munícipes que vão visitar o cemitério, no bairro Pedregulho, em Guaratinguetá estão percebendo que a população dos felinos vem aumentando a cada dia. Cerca de 100 gatos estão morando por lá. Isso tem ocorrido devido os donos dos gatos estarem abandonando os animais pelo local.
Inclusive, quem passa em frente ao cemitério, na rua Caramurus, consegue ver nos muros e na calçada os pequenos de várias cores. O local tornou-se moradia aos animais que foram abandonados. Isso está sendo comum por lá. “Sempre fazem isso aqui. Entram com uma caixa de papelão nas mãos, deixam os gatos de todos os tamanhos e vão embora. Durante a noite também, acabam jogando os felinos pelos muros”, contou um dos funcionários do cemitério.
O abandono é confirmado por várias pessoas que moram na circunvizinhança. “Os proprietários soltam os felinos doentes e até mesmo filhotes. Pessoas que moram nas redondezas já nos informaram que alguns estão sendo envenenados pelo bairro à noite”, disse a dona de uma loja próximo ao local.
Pessoas se sensibilizam e deixam marmitas e ração todos os dias para os animais. Inclusive, um senhor leva comida para os felinos todos os sábados e domingos. Cabe ressaltar que, os gatos em geral podem transmitir toxoplasmose, ou como é popularmente chamada “doença do gato”. Isso preocupa os moradores da região.
Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente informou que, em questão aos animais de rua, a entidade está fazendo o controle populacional da fauna urbana. “Nós fizemos a adequação do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para realização das castrações. No ano passado fizemos 824 castrações, já nesse ano de 2019 a meta é mais de 1.200 animais castrados. Inclusive, fizemos também o mutirão de castração. Além disso, acabamos de contratar uma empresa com veterinário, para fazer as ações de conscientização do não abandono, do cão comunitário (pessoas que cuidam do animal na rua) e da guarda responsável dos animais. Em breve, vamos fazer esse trabalho com as escolas municipais, com as associações de bairros e com as creches, incentivando as pessoas a cuidarem dos animais.
O que cabe ao município e ao poder público é a castração e a vacinação desses animais. Em questão a compra de ração, casinha, aí seria com os tutores desse cão comunitário”, disse Giani, Secretária do Meio Ambiente.
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