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Unesp/Guará: A tecnologia que invade as aulas de Matemática em Guará e região

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Foto: Jornal de Guará – Divulgação UNESP de Guaratinguetá
Estudo avalia o uso dos recursos tecnológicos em escolas públicas
Tecnologias digitais, como computadores, datashow, internet, calculadoras, celulares e tablet, são algumas das ferramentas que professores podem utilizar para ensinar conteúdos matemáticos para alunos de Ensino Fundamental.
Verificar o que leva alguns professores a utilizarem ou não essas mídias é o objetivo da dissertação de mestrado ‘Crenças e Concepções de professores acerca do uso das Tecnologias Digitais em aulas de Matemática’, desenvolvida na Unesp de Rio Claro.  “Por meio destas mídias, é possível obter formas diferenciadas de representação de objetos matemáticos e novas experimentações”, diz o pesquisador Anderson Luís Pereira.
Em seu estudo, Anderson analisa o uso das tecnologias digitais que possam estar no ambiente escolar para uso do professor, com a finalidade de ensinar conteúdos matemáticos. Como exemplo, o pesquisador fala do uso do software GeoGebra em que é possível fazer modificações nos parâmetros de uma função de 2° grau e observar, simultaneamente, suas novas representações gráficas.
Anderson, que é licenciado em Matemática pela Unesp de Guaratinguetá, aplicou, para sua pesquisa, um questionário em 37 professores de Matemática de escolas públicas que lecionam nos últimos anos do ensino fundamental das cidades de Guaratinguetá, Aparecida, Potim e Roseira, todas no interior do Estado de São Paulo.
Os professores que responderam o questionário afirmando utilizar as tecnologias digitais em sala de aula foram convidados a participar de entrevistas com o pesquisador: os sete educadores destacaram que são favoráveis a utilização das tecnologias em sala de aula para o ensino da matemática, uma vez que facilita o aprendizado.
“Além da importância dada à formação dos professores e aos cursos de formação continuada, outros fatores que interferem na utilização dos equipamentos são as formas como estes recursos tecnológicos são geridos pelas escolas, o número de equipamentos disponibilizados, bem como a manutenção, suporte técnico e as condutas dos alunos diante desta utilização”, explica o pesquisador, que atualmente é professor de Matemática pela Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, interior de São Paulo.
Por outro lado, também foram relatados aspectos que dificultam a utilização destas tecnologias. Entre os problemas apresentados, há a forma como a equipe gestora das escolas trabalha as tecnologias digitais; a falta de equipamento e de suporte técnico; as falhas nos processos de formação inicial e continuada; e as dificuldades relacionadas aos atos de indisciplina dos alunos.
Com relação à carência de equipamentos, Anderson explica que mesmo diante das dificuldades com as quais se deparam, alguns professores se dispõem a utilizar até mesmo seus pertences particulares para, da forma como entendem, incorporar as tecnologias em suas aulas. “Essa é a maneira encontrada por alguns deles para fazer uso dos recursos tecnológicos e incorporá-los à suas práticas”, ressalta.
A pesquisa de mestrado de Anderson faz parte de um projeto maior intitulado Mapeamento do uso de tecnologias da informação nas aulas de Matemática no Estado de São Paulo, coordenado pela professora Sueli Liberatti Javaroni, do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências, Unesp de Bauru, que orientou também a pesquisa de Anderson.
 Como a tecnologia contribui no Estado de SP?
O projeto da professora tem como proposta apresentar o uso de computadores nas aulas de Matemática das séries finais do Ensino Fundamental II das escolas públicas paulistas.
 A ideia é trabalhar também na formação continuada e inicial destes professores por meio do oferecimento de cursos de extensão que abordam o uso e a apropriação dos computadores nas salas de aula.
Estão envolvidos na pesquisa vários colaboradores com projetos de iniciação científica, de mestrados e doutorados, com orientação de professores da Unesp de Bauru, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Rio Claro e Guaratinguetá.
“Atualmente, já temos inúmeros projetos de iniciação científica finalizados”, diz a coordenadora. Em sua maioria, as pesquisas buscam analisar as condições de infraestrutura dos laboratórios de informática das escolas das regiões investigadas. Além dos estudos de pós-graduação em andamento, foram realizadas quatro pesquisas de mestrado e uma de doutoramento, já defendidas, e todas vinculadas ao Programa de Pós-graduação em Educação Matemática do Instituto de Geociências da Ciências Exatas (IGCE), na Unesp de Rio Claro.
O projeto Mapeamento do uso de tecnologias da informação nas aulas de Matemática no Estado de São Paulo tem previsão de término para o final do ano de 2017 e faz parte do programa Observatório da Educação (Obeduc), financiado pela Capes. Clique aqui e comente no Facebook do Jornal de Guará.