Um idoso, de 78 anos, ficou internado por dois dias no Hospital Maternidade Frei Galvão após inalar gás de cozinha em sua residência, durante um vazamento de gás, no Jardim do Vale, em Guaratinguetá. Segundo sua esposa, após seu marido receber alta médica, ela comprou de uma outra empresa um botijão de gás e constataram que o recipiente estava com problema na válvula do botijão. Veja abaixo a declaração da idosa:
De acordo com a dona Hilda, de 64 anos, esposa do senhor Eduardo, ele comprou o botijão de gás, no dia 01 de agosto, no estabelecimento que fica na Avenida Agenor Pires da Fonseca, no Jardim do Vale e, ao chegar em casa retirou o botijão do porta-malas do carro, com ajuda de sua esposa.
No dia 2 de agosto, o botijão foi conectado no registro do fogão, onde sua esposa passou a cozinhar normalmente, porém havia um vazamento de gás constante, mas só conseguiram identificar o cheiro, depois que o senhor Eduardo começou a passar mal, ter sido internado e receber alta do hospital após dois dias de internação.
“Eu e meu esposo no dia seguinte começamos a sentir mal, um cheiro estranho dentro da casa. Ele me disse que precisava ser levado ao hospital porque estava sentindo muito enjoo, mal-estar, um estufamento na barriga e não conseguia evacuar. Eu chegava perto dele e não suportava o cheiro que saia de sua boca quando falava comigo. Além disso, ao mesmo tempo percebi que o mesmo cheiro saia da minha boca também.
Desde então, eu decidi levá-lo ao CEPOG para passar por uma tomografia porque estava com medo de encaminhá-lo para o Pronto Socorro por causa dessa Pandemia. Gastamos mais R$ 1.000 reais com exames e remédios por causa disso.
Em seguida, a unidade hospitalar do Campo do Galvão elaborou um encaminhamento para que ele fosse atendido no Hospital Frei Galvão (SUS), porque estava constando na tomografia que meu esposo estava com gases na barriga e estava com obstrução no intestino e início de infecção.
Na chegada no Pronto Socorro, meu esposo permaneceu internado para ser medicado. Inclusive, fiquei dois dias com ele na unidade, porém sem tomar banho.
Depois de receber alta médica, chegamos em casa e ao abrir a porta da sala, havia um cheiro insuportável de gás. Decidi não entrar e liguei para o Corpo de Bombeiros. Em seguida, um jovem que estava passando na rua que nos ajudou a retirar o botijão da cozinha, com auxílio dos bombeiros pelo telefone.
Meu esposo chegou a falar com o funcionário da empresa que presta serviço para Consigas, mas ele disse que da mesma forma que ele retirou o gás na empresa, ele deveria retornar com o botijão. Porém meu marido estava debilitado por ter acabado de chegar do hospital, como assim?
Gastamos o que tínhamos no banco para auxiliar meu esposo com exames e remédios. Somos aposentados e ganhamos um salário mínimo, temos contas de água atrasadas para pagar, sem condições de fazer compras, porque ficamos sem dinheiro. Será que a empresa vai nos ressarcir?” disse ela.
Nossa redação em contato com a representante da empresa, senhora Míriam em Caçapava nesta quinta-feira (13/08), foi nos informados que ela encaminharia um email para a empresa que fica em São José dos Campos que direcionaria um representante em seguida até a casa da reclamante.
Por volta das 16h30, o representante da empresa Consigas esteve na casa do casal de idosos, no qual devolveu o valor pago no gás e outro botijão vazio, porém encaminhamos as imagens das Notas Fiscais do valor gasto no CEPOG e demais informações, para que a empresa viesse analisar uma possível devolução do dinheiro que foi pago nos exames e remédios do senhor Eduardo.
Além disso, empresas do mesmo seguimento da Consigas se prontificaram em doar botijão de gás ao casal de idosos e, até mesmo ajudar com valores em dinheiro a família, que está muito triste com o que aconteceu.
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